28.10.08

O milagre da economia portuguesa

A economia e a democracia estão em grande pujança.
Depois do financiamento estatal à banca portuguesa, segue-se agora o financiamento dos partidos políticos que vão receber 100 milhões de euros do Estado acabando-se assim com o desemprego nos partidos como já eram públicos os problemas financeiros do Partido Comunista.
Apoio a ideia do professor universitário Manuel Meirinho Martins, docente do Instituto Superior de Ciências Sociais, autor do estudo em fase de investigação "Os custos da democracia eleitoral portuguesa" que sugere: "Podia-se criar um fundo para a democracia, com um valor fixo que depois seria distribuído pelos partidos"».
Assim, esse fundo entraria na Bolsa e seria um sucesso para os partidos e para os accionistas.
A célebre palavra de ordem Um homem - um voto está ultrapassada!
Agora, nesta era de Novas Oportunidades, os partidos defendem com unhas e dentes: Um voto - 3,16 euros!
Aguardam-se as reacções de Jerónimo de Sousa e de Xiquinho Louçã face a este financiamento estatal que não serão as mesmas que tiveram sobre o financiamento aos bancos, pois estes 100 milhões de euros são a garantia que o desemprego partidário não irá acontecer para regozijo dos defensores da classe trabalhadora, operária e camponesa.
Outro aspecto positivo desta medida é a possibilidade da extinção dos Institutos de Emprego e Formação Profissional sendo substituídos pelas agências de emprego a abrir em todas as sedes dos partidos espalhadas por este país.
Com isto, os partidos aumentarão o número de filiados e a taxa de abstenção - na casa decimal dos 40% - irá baixar porque o eleitor/contribuinte/empregado vai querer votar para que o seu partido/patrão tenha o maior número de votos possíveis, deixando de ser importante que vença ou perca as eleições.
Qual crise, qual quê!
Milhões de euros - para os bancos que todos os anos têm lucros escandalosos e para os partidos que são o garante da democracia - não faltam!

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