20.7.08

A semana marcelírica

Inicio amanhã uma série de postais a publicar durante esta semana sobre o traidor Marcello Caetano, uma baixa personalidade do Estado Novo.
Traidor ao ideário nacionalista e traidor na hora da entrega do poder ao "traidor traído" do general Spínola, o que só por si é a prática de um acto juridicamente ilegal e ilegítimo dado que Marcello era, apenas e só, Presidente do Conselho. Acima dele, estava o Presidente Almirante Américo Thomaz a quem deveria renunciar ao cargo. Não o fez por já estar feito com o monoculento Spínola, com quem desde a última semana de Março se vinha reunindo todas as noites.

Marcello abraçou, na sua juventude, o ideário do Integralismo Lusitano e foi o co-director da revista Ordem Nova, publicada entre Março de 1926 e Fevereiro de 1927.
Reconhecido mérito como Professor de Direito da cadeira de Direito Administrativo da Universidade de Lisboa, Comissário Nacional da Mocidade Portuguesa (1940-1944), ministro das Colónias (1944-1947), presidente da Comissão Executiva da União Nacional (1947-1950), presidente da Câmara Corporativa (1950-1955), membro vitalício do Conselho de Estado (1952-1974), ministro da Presidência (1955-1958), reitor da Universidade de Lisboa (1962) é nomeado para o cargo - para a desgraça de Portugal - de Presidente do Conselho de Ministros, que exerceu entre 27 de Setembro de 1968 e 25 de Abril de 1974.

1 comentário:

Anónimo disse...

"Acima dele, estava o Presidente Almirante Américo Thomaz"

Acima dele? Essa tem graça lol Melhor do que isso só mesmo falar em legalidades e ilegalidades...O Estado Novo, graças a Deus, passou por cima de muitas das leis vigentes.

O Marcelo foi um banana como Presidente do Conselho e ponto final.