15.7.08

Livro a ler: Operación Hagen


Acabo de ler mais uma extraordinária narração da autoria de Felipe Botaya: "Operación Hagen", do mesmo autor de "Antártida, 1947 - La guerra que nunca existió", - que aqui comentei - editada pelas Ediciones Nowtilus (Doña Juana I de Castilla 44, 3.ºC, 28027 Madrid - España, 2007), que ao longo das 304 páginas nos prende inteiramente a atenção.
A novela começa com a solicitação por carta enviada pela Embaixada americana a Stefan Dörner, para que este recebesse dois representantes militares do departamento de assuntos militares estrangeiros.
Stefan Dörner, foi um Generalmajor da Luftwaffe que participou no projecto Hagen, tema que os dois militares americanos queriam debater, conversar, filmar e gravar.
Stefan Dörner, pertenceu ao FliegerKorps VIII (Grupo Aéreo Von Richtoffen), foi um dos ases da Luftwaffe e foi responsável pela formação dos pilotos de caça de aviões a reacção em vez dos aviões a hélice - uma arma revolucionária naquele tempo – para fazer face à superioridade aérea aliada com os seus bombardeamentos dia e noite sobre a Alemanha.
Dörner é convocado para uma reunião em Berlim a ter lugar no Ministério do Ar, onde toma conhecimento do programa Uranorium, programa oficial de energia nuclear e de outros dois programas – estes secretos - que a cargo da estrutura industrial das SS, sob o comando do general SS Hans Kammler.
Nesse encontro é divulgada a existência de uma bomba atómica que deverá ser lançada – inicialmente sobre Nova Iorque, a exemplo do que aconteceu com a bomba lançada na batalha de Kursk, na Rússia – sendo decidido que o novo alvo será Tunguska, na região siberiana soviética.
O ás da aviação alemã é convidado a visitar todas as instalações secretas do projecto Uranorium, na Turíngia e na Hungria tomando conhecimento da existência de armas secretas como misséis, aviões, computadores e as quatro bombas atómicas já desenvolvidas pelos cientistas alemãs e que faziam parte da operação Wagner: Hagen, Valquíria, Wotan e Siegfried.
Dirige-se ao Protectorado da Boémia-Morávia para testar o avião Heinkel He 177 V38, que irá bombardear Tunguska, e conhece as fábricas da Skoda onde foram criados e desenvolvidos os aviões circulares, mais conhecidos por OVNIS, chegando a voar num tendo tido um encontro surpresa com uma formação de bombardeiros ingleses, os Lancaster nos céus franceses de Marselha.
De regresso a Berlim tem a segunda e última reunião com Hitler, com os generais
Adolf Galland e Hans Kammler e nessa reunião é decidido o bombardeamento atómico de Tunguska a ter lugar na noite de 21 para 22 de Dezembro no seguimento do planeado contra-ataque alemão nas Ardenas às tropas anglo-americanas.
É também decidido um teste com outra bomba atómica, a Valquíria, na ilha de Rügen, no Mar Báltico, a 12 de Outubro de 1944, na presença de um
emissário especial de Mussolini, o jornalista italiano do Corriere della Sera, Luigi Romersa.
Após o teste de Rügen, Adolf Galland telefona a Dörner dizendo-lhe que o contra-ataque nas Ardenas tinha fracassado e que se dirigisse para Oslo para dar início à sua missão e que se ele falhasse duas bombas atómicas seriam lançadas: uma nas Ardenas e outra em Nova Iorque.
Dörner cumpre a sua missão e a 23 de Fevereiro de 1945, às 08:56 é lançada a bomba atómica Hagen sobre Tunguska como tentativa de persuasão e de dissuasão do avanço soviético e aliado na Alemanha.
Terminada a conversa, Stefan Dörner pergunta a Williams quem são? Sabia que não eram americanos e que só podiam ser agentes israelitas. Williams, aliás, Nathan Katzenberg responde que são agentes secretos d` ”Os Filhos da Aliança” e que tinham como missão descobrir e obter o testemunho de Dörner e assassiná-lo pois a história oficial, a verdade oficial tinha que continuar vigente. É então que Salomon Rubin dispara sobre o peito de Dörner, assassinando-o a sangue frio e à queima-roupa.

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