12.2.07

A urna e a democracia


A urna é conhecida como o depósito da vontade popular. O povo vota, quer, decide, zás o voto cai na urna e está feito.
Já pensaram na origem da palavra urna? É um verbo engraçado: eu urno, eles urnam. O povo urneia!
Sabem o que se faz com a urna?
Duas hipóteses: ou se enterra ou se queima. E não se fala mais nisso! Por outras palavras, a democracia é para enterrar ou para queimar!
A minha ideia de uma (mal)dita sala de voto, pomposamente conhecida por sala de escrutínio, é que se assemelha a um velório. Imaginem, uma mesa de voto onde todos se entreolham desconfiados e desconfiam da própria urna com cara de enterro. Como se não bastasse, os votantes são chamados um a um, com uma solenidade fúnebre. Isto é um velório! Na votação é feita uma autêntica vigília à urna e aos seus depositantes.
Ora, digam lá se isto, não é um enterro?

7 comentários:

Anónimo disse...

Bravo, Nonas.
Lá foram aprovados uns bons enterros de milhares de bébés ou atirados para o caixote do lixo.

Pedro Botelho disse...

Não sendo eu, nem de perto nem de longe, um admirador do totalitarismo nacional-socialista -- o que contudo em nada altera a minha posição no que toca à gigantesca vigarice veiculada pelo pseudo-histórico «Holocausto» -- não posso deixar de lhe sugerir que existe uma boa dose de verdade nas seguintes afirmações:

"When the Nazis came to power in 1933 one of the first acts Hitler did was to legalize abortion. By 1935 Germany with 65 million people was the place where over 500,000 abortions were being performed each year. Although Hitler and his government encouraged Aryan women to produce a lot of children, he left the matter of abortion and all its facets in the hands of a decidely pro-abortion medical establishment. Even in the midst of Nazi propaganda aimed at increasing the Aryan population, scores of Aryan women still chose to abort their unborn children. The medical publication Deutsches Aerzleblatt reported the abortions in Germany each year reached a half-million. Further, a Nazi decree of October 19, 1941 established abortion on demand as the official policy of Poland. Hitler, however, expressed dissatisfaction with this policy. Abortion, he believed, should NOT be limited to Poland. He therefore ordered that abortion be expanded to all populations under the control of the 'Ministry of the Occupied Territories of the East.'"

Anónimo disse...

Ó Nonas, espero que com esse seu ódio à democracia, tenha sido coerente e não tenha ido votar!

Anónimo disse...

Olhe eu não fui, mas sou democrata!

nonas disse...

Caro Pedro Botelho,
é falso, rotundamente falso que o NacionalSocialismo seja a favor do aborto. Se assim fosse, não criaria dezenas de instituições de apoio à mulher e ao filho nem teria políticas de natalidade.
Caro amigo,
esta é tão verdadeira como o holoconto! Por amor de Deus...!

nonas disse...

Caro José Cardoso de Meneses,
esteja sossegado porque a democracia - essa grande meretriz - a mim não me engana nem me seduz.
Posso garantir-lhe que nunca pus os pés numa sala de voto. De mim, não esperem que ajude a enterrar o país - ou que resta dele. E quem me conhece, sabe que assim é.

Anónimo disse...

Caro Nonas,
Eu sou um democrata. É um sistema com muitos defeitos mas é o melhor que conheço (e os paises do Mundo onde se vive melhor são democracias).
Fiz-lhe aquela observação porque estava convencido que tinha ido votar "Não" no referendo...
Tem razão quando diz que a democracia é uma meretriz. É uma meretriz dos que se aproveitam da ignorância do povo para se elegerem...Contudo, em última análise, a culpa é do povo, que não quer sair da ignorância. O totalitarismo (fascista ou comunista) também é ignorante. Não seriam Salazar e Cunhal dois dos maiores ignorantes da História Politica Portuguesa? Um governou do Minho a Timor "tendo ido algumas vezes ao Minho e nenhuma a Timor" o outro tentou substituir um totalitarismo mau (fascismo) por um péssimo(estalinismo)...A obstinação pode tornar-nos ignorantes.
O extremos tocam-se de uma maneira tão clara que só não o sente quem faz parte deles. "Nós, os fascistas, somos os verdadeiros anarquistas desde que estejamos no poder" (e vice-versa, digo eu).
Se calhar está na altura de ir votar...Vote em branco como eu!

Cumprimentos,
José Cardoso de Menezes